Guilherme de Almeida - Do CorreioWeb
O Senado Federal deve lançar novo concurso público com até 250 vagas efetivas e formação de cadastro reserva entre dezembro deste ano e o início de 2011. As oportunidades serão para as carreiras de técnico – que exige nível médio – e de analista e consultor – para quem passou pelos bancos das faculdades.
Em entrevista exclusiva ao CorreioWeb, o presidente da comissão especial que organiza a próxima seleção da Casa, o consultor legislativo Bruno Dantas, adiantou que a expectativa é de que o cadastro reserva contemple, pelo menos, 1,1 mil cargos que serão abertos em função de aposentadorias e desligamentos nos próximos dois anos. “Existem áreas nas quais evidentemente há um déficit maior de servidores, porque há muito tempo não se faz concursos específicos. Um exemplo é a área de consultoria legislativa, que não recebe novos servidores desde o último concurso de 2001”, disse.
Ele afirmou, ainda, que o período eleitoral não deverá afetar a organização do processo seletivo. “A maioria dos membros da Comissão Diretora não se candidatou nessas eleições”, explicou. Será a primeira vez que haverá concurso depois da aprovação do novo plano de carreira do Legislativo. A remuneração inicial prevista para técnicos, analistas e consultores é de R$ 8,7 mil, R$ 11,9 mil e R$ 16,6 mil, respectivamente.
Confira os principais trechos da entrevista:
CORREIOWEB – Qual é a previsão para o lançamento do edital do próximo concurso?
BRUNO DANTAS - Ainda estamos na fase inicial do levantamento de carência de pessoal, mas trabalhamos para que o concurso seja lançado em dezembro. Temos em mente que o Senado Federal dificilmente passará por 2011 sem empossar novos servidores.
CORREIOWEB - No último concurso foram oferecidas 150 vagas em edital. Desta vez o número será maior?
DANTAS - Caso a Comissão Diretora do Senado aprove nosso projeto, eu apostaria em um número em torno de 200 a 250 vagas, mais um grande cadastro reserva. Nossa avaliação prévia aponta que mais de mil servidores já completaram todos os requisitos para requererem aposentadoria. No entanto, eles não dão entrada com o pedido de aposentadoria todos de uma só vez. Ou seja, precisamos formar um cadastro reserva razoável para suprir parcialmente essa carência ao longo de dois anos.
CORREIOWEB - As vagas seriam direcionadas para quais áreas?
DANTAS - Existem algumas áreas nas quais evidentemente há um déficit maior de servidores, porque há muito tempo não se faz concursos específicos. Um exemplo é a área de consultoria legislativa, que não recebe novos servidores desde o último concurso de 2001, ou seja, está há nove anos sem renovar o quadro. A carência também é alta para o cargo de analista legislativo na especialidade de processo legislativo. Outros ramos nos quais faltam profissionais é o da Comunicação Social e o da Saúde, que, neste caso, engloba profissionais como médicos, psicólogos e dentistas.
CORREIOWEB - No novo concurso haverá chances para candidatos de nível médio?
DANTAS - Sim, nossa ideia é fazer concurso para técnicos, analistas e consultores. Essas são nossas três carreiras do Senado atualmente.
CORREIOWEB - Já podemos falar em uma provável banca que irá organizar o próximo concurso?
DANTAS - A Fundação Getúlio Vargas (FGV) organizou o concurso em 2008. Em 2001, foi a vez do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe). A escolha da empresa organizadora depende de todo um processo licitatório. A atual comissão especial não é responsável por esse procedimento. Nosso papel é identificar os locais onde há um baixo do número de servidores, definir o perfil do candidato e apresentar esse levantamento para a comissão diretora, que aí sim formará a comissão do concurso para formalizar o edital e fazer a licitação da banca.
CORREIOWEB - Os gastos da Casa com folha salarial vão aumentar em função das contratações?
DANTAS - Uma coisa muito importante a ser falada é que não haverá aumento de gasto com os novos servidores efetivos. A nomeação dos novos servidores será apenas uma compensação, uma reposição dos que vão se aposentar. Não haverá despesas adicionais.
CORREIOWEB - O que falta para sair o edital?
DANTAS - A Comissão Especial do concurso foi criada no dia 20 de agosto para fazer um levantamento de carência de funcionários. Nós temos 60 dias para concluir esses trabalhos e propor, nos nossos moldes, novas contratações à Comissão Diretora da Casa (formada por parlamentares da alta cúpula do Senado). Que dizer, temos até o dia 20 outubro para apresentar o relatório. Se nossa proposta for aprovada, a Comissão Diretora irá autorizar uma terceira comissão, que ficará encarregada de elaborar o edital e contratar a empresa.
CORREIOWEB - O processo eleitoral atrapalha as negociações de um novo concurso?
DANTAS - Não. A Comissão Diretora da Casa trabalha normalmente até dezembro. A maioria dos membros da Comissão Diretora não se candidatou nessas eleições. O presidente, o senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, não se candidatou. Os trabalhos vão continuar normalmente até dezembro para que o concurso seja anunciado em breve.
O Senado Federal deve lançar novo concurso público com até 250 vagas efetivas e formação de cadastro reserva entre dezembro deste ano e o início de 2011. As oportunidades serão para as carreiras de técnico – que exige nível médio – e de analista e consultor – para quem passou pelos bancos das faculdades.
Em entrevista exclusiva ao CorreioWeb, o presidente da comissão especial que organiza a próxima seleção da Casa, o consultor legislativo Bruno Dantas, adiantou que a expectativa é de que o cadastro reserva contemple, pelo menos, 1,1 mil cargos que serão abertos em função de aposentadorias e desligamentos nos próximos dois anos. “Existem áreas nas quais evidentemente há um déficit maior de servidores, porque há muito tempo não se faz concursos específicos. Um exemplo é a área de consultoria legislativa, que não recebe novos servidores desde o último concurso de 2001”, disse.
Ele afirmou, ainda, que o período eleitoral não deverá afetar a organização do processo seletivo. “A maioria dos membros da Comissão Diretora não se candidatou nessas eleições”, explicou. Será a primeira vez que haverá concurso depois da aprovação do novo plano de carreira do Legislativo. A remuneração inicial prevista para técnicos, analistas e consultores é de R$ 8,7 mil, R$ 11,9 mil e R$ 16,6 mil, respectivamente.
Confira os principais trechos da entrevista:
CORREIOWEB – Qual é a previsão para o lançamento do edital do próximo concurso?
BRUNO DANTAS - Ainda estamos na fase inicial do levantamento de carência de pessoal, mas trabalhamos para que o concurso seja lançado em dezembro. Temos em mente que o Senado Federal dificilmente passará por 2011 sem empossar novos servidores.
CORREIOWEB - No último concurso foram oferecidas 150 vagas em edital. Desta vez o número será maior?
DANTAS - Caso a Comissão Diretora do Senado aprove nosso projeto, eu apostaria em um número em torno de 200 a 250 vagas, mais um grande cadastro reserva. Nossa avaliação prévia aponta que mais de mil servidores já completaram todos os requisitos para requererem aposentadoria. No entanto, eles não dão entrada com o pedido de aposentadoria todos de uma só vez. Ou seja, precisamos formar um cadastro reserva razoável para suprir parcialmente essa carência ao longo de dois anos.
CORREIOWEB - As vagas seriam direcionadas para quais áreas?
DANTAS - Existem algumas áreas nas quais evidentemente há um déficit maior de servidores, porque há muito tempo não se faz concursos específicos. Um exemplo é a área de consultoria legislativa, que não recebe novos servidores desde o último concurso de 2001, ou seja, está há nove anos sem renovar o quadro. A carência também é alta para o cargo de analista legislativo na especialidade de processo legislativo. Outros ramos nos quais faltam profissionais é o da Comunicação Social e o da Saúde, que, neste caso, engloba profissionais como médicos, psicólogos e dentistas.
CORREIOWEB - No novo concurso haverá chances para candidatos de nível médio?
DANTAS - Sim, nossa ideia é fazer concurso para técnicos, analistas e consultores. Essas são nossas três carreiras do Senado atualmente.
CORREIOWEB - Já podemos falar em uma provável banca que irá organizar o próximo concurso?
DANTAS - A Fundação Getúlio Vargas (FGV) organizou o concurso em 2008. Em 2001, foi a vez do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe). A escolha da empresa organizadora depende de todo um processo licitatório. A atual comissão especial não é responsável por esse procedimento. Nosso papel é identificar os locais onde há um baixo do número de servidores, definir o perfil do candidato e apresentar esse levantamento para a comissão diretora, que aí sim formará a comissão do concurso para formalizar o edital e fazer a licitação da banca.
CORREIOWEB - Os gastos da Casa com folha salarial vão aumentar em função das contratações?
DANTAS - Uma coisa muito importante a ser falada é que não haverá aumento de gasto com os novos servidores efetivos. A nomeação dos novos servidores será apenas uma compensação, uma reposição dos que vão se aposentar. Não haverá despesas adicionais.
CORREIOWEB - O que falta para sair o edital?
DANTAS - A Comissão Especial do concurso foi criada no dia 20 de agosto para fazer um levantamento de carência de funcionários. Nós temos 60 dias para concluir esses trabalhos e propor, nos nossos moldes, novas contratações à Comissão Diretora da Casa (formada por parlamentares da alta cúpula do Senado). Que dizer, temos até o dia 20 outubro para apresentar o relatório. Se nossa proposta for aprovada, a Comissão Diretora irá autorizar uma terceira comissão, que ficará encarregada de elaborar o edital e contratar a empresa.
CORREIOWEB - O processo eleitoral atrapalha as negociações de um novo concurso?
DANTAS - Não. A Comissão Diretora da Casa trabalha normalmente até dezembro. A maioria dos membros da Comissão Diretora não se candidatou nessas eleições. O presidente, o senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo, não se candidatou. Os trabalhos vão continuar normalmente até dezembro para que o concurso seja anunciado em breve.
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